sexta-feira, 24 de setembro de 2010

R-E-V-O-L-T-A

Crescemos cheios de manias demais. Culturas demais.
Comemos carne como se fosse normal, mas é insuportável ver alguém sangrando à carne viva.
Quem disse que eu queria ser assim? Por favor... Não decida por mim.
O açougue feito o inferno como vitrine, e você com a boca cheia d'água por aquela picanha suculenta... Por aquela asinha daqui algumas horas, enfiada naquele espeto de churrasco.
É aí que me pergunto...
Porque não dedinho como linguiça? Panturrilha feito acém, ou até mesmo nosso proprio sangue à chouriço?
Olhos aflitos ao ouvir? Ouvidos doloridos por ver?
Aquele sangue deveria ser frio. Esse sangue em nossas veias... (Devia ser congelado!)
Sim para nós mesmos, não para aquela vitrine mal arrumada.
Somos carne feito eles, somos sangue feito eles, somos mente feito eles, e principalmente, somos BICHO FEITO ELES!
E porque comer apenas eles e não a nós?
Porque rir de como um porco ronca ao ser morto, mas se desesperar ao ouvir os berros de uma pessoa na mira de um revólver?
Nao consigo entender. MESMO!
Você pode ter suas manias, suas culturas... Mas chama isso dentro do seu peito de coração? Chama isso na sua cabeça de consciência tranquila?
OK!
Já se imaginou comendo aquele macarrão á bolonhesa e de repente fechou os olhos e se viu comendo tripas e um pouquinho de nádegas moídas?
Pois é... MALDITO SISTEMA!
É isso que eu sinto. Peso na consciência por não saber abandonar essa cultura louca!
Queria conseguir expressar... Queria conseguir fazer você mudar sua mente.
Mas nem a minha eu consigo... =/
E digo com MUITA vergonha... Me ensinaram a ser assim, e morro de nojo de mim!!!

Pense no futuro dos teus filhos. Crie-os com a mente fria para nós e quente para os animais.
Não passe essa cultura adiante... Ele será livre pra ter escolha... E tenho certeza que a tal mente quente (e aí sim um coração) escolherá a coisa certa.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

De coração...

...hoje eu fiquei indignada com a morte.
Hoje eu assisti mais uma vez, algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais. Faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontece alí de risível. Era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro, a morte por si só, é uma piada pronta.
Morrer é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro, e no meio da tarde, morre.
Como assim?? D:
E os e-mails que você ainda não abriu?
O livro que ficou pela metade?
Não sei de onde tiraram essa ideia: Morrer.
A troco de quê?
Você passou mais de 10 anos dentro de uma escola estudando fórmulas químicas que não serviram pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular, mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente.
De uma hora para outra, tudo isso termina numa colisão, numa artéria entupida, num disparo feito por um deliquente que gostou do seu tênis.
Qual é? Estamos vivendo em um mundo de pessoas civilizadas ou o quê?
Nossa, a morte obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, ser ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: "Das minhas coisas cuido eu!" Que pegadinha macabra: Você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços de cigarro por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz tratamentos regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito.
Isso é pra ser levado a sério?
Tendo mais de 100 anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que não há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Cara, isso não se faz!
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.

.Su.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Silêncio Berrado.

Agora eu vou voar pra bem longe de você. ._.
O mundo parece acabar, o chão parece não ser mais aquele lugar seguro... Que acostumava ser você.
Tudo está fora de controle, e os dias passam em vão.
Quisera o tempo parar, o teu colo virar o meu lar, e você dizer que o resto é mentira.
O que é o certo? O que é o errado?
Qual é o verdadeiro lado contrário? (Que por muitos é o lado certo.)
Esse não é o meu corpo! Esse não é o meu lugar! Essa não é a minha vida!
Pelo amor de Deus... Onde tudo que é meu, foi parar?
Fingir que está tudo bem e não poder correr, não poder gritar... Aquele berro em silêncio.
Sinto sua falta.
Me falta o ar...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rosas e Ventos

O mundo é uma prisão.
Quadro sem moldura...
Realidade e ilusão. Vivas bem em sua frente como se soubesse o amanhã...
Descobrindo um novo amor...
Desintegrando o coração...
A dor é inevitável.
Ventos sopram sem parar... Mudam o rumo de nossas vidas.
Leva e trás estações... Sonhos e ilusões.
Viver de mentiras já é demais.
Expressar tudo isso é um risco... Linha tracejada no meio do caminho.
Norte...
Sul...
Leste...
Oeste...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fé;

Sabe...
Ontem fiquei olhando pro céu, pra minha consciência, pra minha essência.
Vi meu desespero, eu vi a minha agonia.
Fumei um cigarro... Talvez dois. Perdi as contas...
Perdi a estribeira.
Algo estava errado. Era o que minhas mãos frias e trêmulas e pálidas me diziam. E como enlouqueciam!
Vi meu desespero, o meu medo, e a minha agonia.
Bebi uma cerveja. Talvez duas. Tava sem contas...
Tava sem provas.
Jurava ver um poço bem alí... Tá vendo?
É, o perdi de vista também...
Falando nisso, cadê meu cigarro?
Ah é! Virouz cinza... Junto com o que eu costumava a chamar de coração.
Pera!
Esse era o poço a qual eu falava... E agora virou cinza?
Nele havia água. Nele havia lágrima!
Como evaporou tão rápido?!
Ontem mesmo eu o vi transbordar! Fiquei puta... Até caiu na minha bebida.
...
E eu falando aqui, até me esqueci de olhar o céu, e merda, acho que ele se foi com o cigarro.
Com a cerveja.
Com as cinzas.
Talvez ele fosse aquele poço...

Já é dia e eu nem percebi.
Bom, tenho muito o que pensar... Você tem um cigarro aí?

sábado, 11 de setembro de 2010

MERDA!

É como se tudo que eu escutasse fossem palavras ao vento, que soam em meus ouvidos como navalhas, e cortam meus pensamentos em promessas e arrependimentos.


Pequenas promessas falhas!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Buraco Negro.

Ela só queria um espaço para si, onde apenas sonhos e vontades valeriam...
Triste, ela guarda todo o rancor. Não consegue desabafar por medo de sofrer... Como se aquilo a corroesse por dentro.
Ela só queria um lugar pra sonhar... Viver seu mundo... Amar a si...
Procura um espaço para se livrar de tudo, mas quando percebe já é tarde demais! Já ganhou uma nova dor...
Ela vive em seu casulo, num mundo de quimera a qual se arrepende. Pois quando abre os olhos pela manhã, percebe que tudo não passou de um sonho, e retorna ao teu rancor mais forte que antes...
Pensa em se libertar de tudo isso... Mas é impossível! É sua sina...
Viver em um mundo que não é seu.
E no fim, tudo que ela queria era ser feliz.
._.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Letras sem ligação. Uma mente e um coração.

Vou inventar um jeito de trazer você pra mim!
Um teletransporte... Qualquer coisa que se porte de um jeito qualquer, de buscar você aí nesse paraíso, nessa ilha perdida, nesse beco sem saída. ._.
Sem você não há vida, sem você não tem graça.
Os dias passam apenas no calendário, porque na minha mente tudo se estagnou. A vida aqui parou!
E sabe... Você podia me ajudar. Me ensinar a te esquecer, ou sei lá... Pelo menos me deixar dormir em paz. ._.

A gente se acostuma, ou a gente se entende com o tempo?

A saudade dói e eu simplesmente não sei o que fazer! Minhas asas aqui já não batem. Falta força pra voar, falta força pra ter FALTA! D:
O que você têm feito?
Ainda anda seguindo por aquelas ruas? Ainda ri de bobagens repetidas?
Cadê você que não me vê? CADÊ VOCÊ?
Porque você?
Porque eu... Eu estou aqui... =/